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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O Peregrino

Vacilante, Obstinado, Evangelista, Fiel e Esperançoso são algumas das personagens do livro "O Peregrino" de John Bunyan. Livro que na verdade não li, mas vejo o filme regularmente. Em uma placa que está em sua cidade natal, Bedford-Inglaterra, diz se referindo a ele: "Pagou bem caro por discordar dos líderes religiosos de seus dias."
No livro O Grande Conflito à página 252 está escrito: "Novamente, como nos dias apostólicos, a perseguição redundou em favor do evangelho. Em nauseabundo calabouço, repleto de devassos e traidores, John Bunyan respirava a própria atmosfera do Céu; e ali escreveu a maravilhosa alegoria da viagem do peregrino, da terra da destruição para a cidade celestial."
Será que podemos imaginar a cena? John Bunyan em um calabouço repleto de devassos e traidores conseguiu escrever um obra maravilhosa que é o livro mais publicado depois da Bíblia. Isso só prova que nesse mundo de pecado podemos viver à margem dele, com toda certeza Bunyan não via ninguém mais naquele calabouço alem de Cristo. Ellen White diz que esse livro tem "guiado muitos à senda da vida." Um dos homens inspirado pela vida de Bunyan foi Daniel de-Foe que escreveu um livro maravilhoso "As Aventuras de Robson Crusoé" , De-Foe hoje está enterrado ao lado de Bunyan no antigo cemitério de Beldford.
O livro (filme) mostra claramente a jornada de um homem que de repente se vê com um fardo de pecado às costas e o único que pode remove-lo é Jesus.
Quando o apóstolo Paulo se viu nessa situação exclamou: " Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Rom. 7: 24. Fazendo alusão a um tipo de condenação imposta pelos romanos que consistia em amarrar um corpo às costas do condenado. Um ou dois dias ia tudo bem, mas ao terceiro dia o corpo começava a entrar em decomposição as moscas tomavam conta , os vermes começavam a devora-lo juntamente com o condenado sem se falar do cheiro repugnante que exalava por onde ele andasse, o resultado era a morte certa. Então Paulo compara esse corpo com o pecado que pesa, cheira mal e fatalmente nos leva à morte. Mas ele continua: "Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor." Pois é só Cristo que pode nos libertar das amarras do pecado e depois nos limpar totalmente para que venhamos viver em novidade de vida, note bem, Cristo veio nos salvar do pecado e não no pecado para que venhamos realmente ser livres. Ao salvar a mulher adultera disse: "Vá e não peques mais."
Agora, como é possível viver nesse mundo e não pecar mais? Será que isso é realmente possível? Logo eu que sou fraco com uma carne pecaminosa, concebido em pecado como Davi?
Paulo nos dá uma dica: "Pois para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro." Fil.1:21. Quando Paulo ainda era Saulo, víamos ele pecando, perseguindo, surrando e talvez até matando os cristãos, mas depois que ele caiu do cavalo, não mais. Como? "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo." I Cor.11:1.
Aí você diz: Mas Paulo é Paulo e Cristo é Cristo. Ora, será que somos diferentes de Paulo? Será que somos diferentes de Jesus? De maneira nenhuma. Ellen White escreveu: "Jesus tomou a natureza humana, passando pela infância, meninice e juventude, para que pudesse saber como compadecer-se de todos e deixar um exemplo para todas as crianças e jovens." No livro Estudos Bíblicos da CPB no capítulo "Vida Sem Pecado" deixa bem claro: "Em sua humanidade, Cristo participou de nossa natureza pecaminosa caída. Se não, não seria então " em tudo semelhante aos irmãos", não seria como nós, em tudo...tentado", não venceria como temos de vencer, e não seria, portanto, o completo e perfeito Salvador que o homem necessita e deve ter para ser salvo. A ideia de que Cristo nasceu de uma mãe imaculada ou isenta de pecado, sem herdar tendências para pecar, e que por isso não pecou, põe-no à parte do domínio de um mundo caído, e do próprio lugar onde é necessário o auxilio. De sua parte humana, Cristo herdou exatamente o que herda todo filho de Adão - uma natureza pecaminosa. Do lado divino, desde a própria concepção, foi gerado e nascido do Espírito. E tudo isso foi feito para colocar a humanidade num plano vantajoso, e demonstrar que da mesma maneira todo que é "nascido do Espírito" pode obter idênticas vitorias sobre o pecado, mesmo em sua pecaminosa carne. Assim cada um tem de vencer como Cristo venceu. Apoc. 3:21. Sem este nascimento, não pode haver vitória sobre a tentação, nem salvação do pecado." João 3:3-7. "Deus, em Cristo, condenou o pecado, não por se pronunciar contra ele como simples juiz assentado no tribunal, mas vindo e vivendo na carne, na pecaminosa carne, sem todavia pecar. Em Cristo Ele demonstrou que é possível, por sua graça e poder, resistir a tentação, vencer o pecado, e viver uma vida sem pecado na pecaminosa carne." "Em sua humanidade, Cristo dependia tanto do poder divino para realizar as obras de Deus, como qualquer outro homem. não empregou para viver uma vida santa nenhum outro meio que não esteja ao alcance de qualquer criatura humana. Por seu intermédio todos podem possuir em si a presença de Deus de modo que neles opere "tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." Fil. 2:13.

Um comentário:

Debora Garcia de disse...

Alo Joel.
Fiquei feliz em perceber q vc continua criativo e arguto em s/ observacoes (embora eu nao concorde c/ todas elas). Mas passei pra deixar um gde abraco.
Marcos A. de CArvalho